sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Entrevista com o Autor J.R. Viviani

Hoje é dia de mais uma entrevista aqui no blog meus amigos e leitores!!

Hoje vou entrevistar o autor J.R. Viviani. Ele já publicou vários livros, para conhecer toda a sua obra visite o site do autor, VENDEDOR DE ILUSÃO. Hoje vamos falar um pouco mais sobre o seu livro Uma Página Virada que tem uma história muito emocionante. Quero agradecer o carinho que o J.R. Viviani recebeu o meu convite para essa entrevista.

Sinopse do livro UMA PÁGINA VIRADA

A forte depressão econômica que imperava na Itália nos finais do século 19, distribuía miséria e fome obrigando milhares de famílias imigrarem a outros países em busca de oportunidades e melhores condições de vida. O que ocorreu também com a família de Francesco, um jovem de idade muito tenra ainda, – filho único, que, por infortúnio e fatalidade, muito contra vontade, obedecendo ao desejo dos pais teve que deixar sua terra e imigrar para o Brasil. E está é a narração de sua vida, que discorre, inicialmente, sobre sua frustração e desilusão de deixar o lugar que tanto amava e ir para uma terra estranha, mas que lhe dava muita e não apagava a esperança de um dia poder retornar a sua bela e amada Itália. Conta suas lutas e dificuldades que aqui enfrentou, não só com a língua, costumes e cultura totalmente distinta, mas principalmente dos excessos que cometiam aproveitando a enorme massa de imigrantes italianos que pra cá vinham, tratando-os como semiescravidão nas fazendas de café, locais para onde a maioria ia buscar como ilusão construir um futuro...

Um romance onde afloram sentimentos de mágoa, descrença, desilusão e melancolia, mas também de amor, paixão, alegria e felicidade. Uma história de vida admirável, envolta por muita ação e realizações, caracterizada por determinação e idealismo que culmina em satisfação e regozijo.

Para saber mais sobre os outros livros do autor J.R. Viviani, clique AQUI

Marcia Pimentel - Olá, J.R. Viviani, conte para nós quando começou a escrever? E o que(ou quem) o motivou a escrever?


J.R. Viviani - Não sei dizer com exatidão quando foi, mas deve ter sido no mínimo há uns 15 anos atrás. E não ouve propriamente quem ou o que me motivou, e também não sei dizer como nasceu em mim o desejo de escrever. Comecei sem muito propósito e nenhuma pretensão – como se fosse um teste comigo mesmo – o meu primeiro livro e, daí pra frente, a empolgação e a imaginação me empurraram e não parei mais... Procurando e querendo, é claro, levar alguma mensagem boa ou, pelo menos, agradar às pessoas.

MP - Como você se sente sendo escritor? O que sente quando escreve?

J.R. Viviani - Minha cara amiga, essa é, pra mim, uma pergunta de difícil resposta; juro que não sei dizer o que sinto sendo um escritor, porém ao escrever, não importa o que, nem imaginando se agradará ou não às pessoas, sinto-me realizado.

MP - Como foi publicado o seu primeiro livro?  Quais as dificuldades para conseguir publicar sua obra? 

J.R. Viviani - Inicio respondendo pelas dificuldades que foram mais do que você possa imaginar!... O fato foi que, como qualquer grande ilustre desconhecido escritor brasileiro, eu bati de porta em porta continuamente implorando como quem pede esmola ao feudalismo editorial brasileiro; era humilhante, pois, além de deixarem a clara impressão de sequer lerem as obras, nem resposta eu tinha. E isso foi por anos... Já admitia, apenas da frustração, ser impossível conseguir publicar alguma coisa. Até que um dia, felizmente, conheci o Clube de Autores que possibilita e oferece plenas condições para autopublicar. Foi conhecendo o Clube de Autores que meu sonho se tornou realidade. Depois de muito tempo publiquei todas as minhas obras, sem pedir favor a ninguém... E a eles, – do Clube, sou imensamente grato, pois, sem julgar se minhas obras têm algum valor literário, foram os que possibilitaram até essa entrevista! Do contrário, com certeza, continuaria eternamente escondido atrás da coxia do grande teatro da vida...

MP - Como seleciona os temas para as suas histórias?

J.R. Viviani - Todas as minhas histórias são oriundas de fatos marcantes por mim vividos de forma indireta, – pessoas que conheci ou situações que vivenciei. Nenhum das minhas obras, até então, foram frutos da imaginação. Os personagens e muito do desenrolar dos temas são fictícios é claro; foram criados para dar corpo e consistência aos enredos, todavia, os protagonistas foram pessoas que de fato conheci e que me marcaram inspirando escrever narrando parte das suas existências.

MP - No Brasil, sabemos que a leitura não é um hábito da população em geral. Quantos livros em média você lê por mês?

J.R. Viviani - É verdadeira sua afirmação; muito pouco se lê nesse nosso país, o que lamentável, já que, como dizia Monteiro Lobato: “Um país é feito de homens e de livros”. Eu, como autor que sou, sinto-me na obrigação de ler outros autores, pois preciso, acima de tudo, saber como se expressam, com isso, leio em média 1 livro ao mês já que me dedico aos meus projetos.

MP - Quais as melhorias que você citaria para o mercado literário no Brasil?

J.R. Viviani - Incrementar contínua e maciçamente ao povo, através dos órgãos competentes, divulgações de conscientização e incentivo à leitura. Reduzir, de uma forma ou de outra, os preços das publicações e obrigar as editoras terem um número mínimo de autores nacionais, seja dando a elas incentivos fiscais ou coisa que o valha.

MP -Vamos falar um pouco sobre o seu livro Uma Página Virada.
O livro Um Página Virada conta a história de um imigrante italiano que veio para o Brasil no começo do século 19. Nos conte um pouco mais sobre a história do livro.

J.R. Viviani - Falar sobre a história desse livro, minha cara, me empolga. É um tanto longa para explicar, mas, não abusando da bondade dos leitores e nem da sua paciência, vamos lá...
Os personagens desse livro foram criados por imaginação, sem nenhuma ligação com a realidade, somente para dar corpo e sentido à narração, entretanto, o protagonista, – Francesco, foi uma pessoa que conheci na minha infância, – aí com meus nove dez anos, que carinhosamente era chamado por Ciccillo. Na época, menino que eu era, ficava ouvindo, entretido, a conversa dos mais velhos, e nessas conversas ouvia coisas que não entendia quando Francesco falava exaltado para os demais:
—“Oh..., se não gostam do Brasil, o que estão fazendo aqui?... Se gostam tanto da Itália, por que não voltam pra lá? Vão embora daqui, que é melhor!” – falava e todos em voltam riam por vê-lo falar tão bravo. E quando algum abria a boca era para provocá-lo:
— “E você?... Você é italiano!... Por que fica aqui?” – e Francesco respondia mais bravo ainda:
— ”Que italiano, coisa nenhuma! Eu sou brasileiro!”.
Normalmente as conversa entre eles era em italiano, e todos riam com um que falava:
— “Brasileiro..., onde já se viu dizer que é brasileiro falando em italiano?”
Na época, eu achava engraçada a forma curiosa de se tratarem, só depois, muito depois, é que fui entender a razão daquelas discussões, por saber, principalmente, com que idade Francesco imigrou e da sua predileção pelo Brasil. Com isso, e me interessando, – como descende de italianos que sou – pelo que passaram os imigrantes na época e imaginando o que podia um jovem como ele sentir ao deixar sua terra, resolvi escrever essa história. Que na realidade retrata, através de Francesco, as dificuldades que muitos imigrantes viveram por aqui...
Você não perguntou, porém eu lhe digo que “Uma página virada” foi a mais difícil obra que escrevi. Nela não usei somente imaginação nas narrativas, já que essa história se desenrola dos finais do século 19 até meados do século 20 e nesse período o mundo foi afetado por profundas mudanças políticas e por conflitos que influenciaram a vida de todos, e a de Francesco não foi exceção. Iniciando com a Primeira Grande Guerra, passando pela ascensão do comunismo, do surgimento de movimentos radicais; do fortalecimento e da criação de ideologias autoritárias com implantação de regimes ditatoriais; das diversas revoluções que ocorreram no Brasil principalmente em São Paulo, somadas às greves operárias; do advento da Segunda Grande Guerra, e por aí afora. E para descrever isso, além da cronologia, foi preciso caracterizar o que isso tudo influi, de forma direita ou indireta, na vida de Francesco.

MP - Por que o título Uma Página Virada?

J.R. Viviani - Através da impressão que eu tinha ao ouvir o senhor Francesco falar com tanta convicção; transparecia que pra ele a Itália não representava mais nada, não era mais nada na vida dele, – era coisa do passado, como se fosse uma página do livro da sua vida e que ele simplesmente virou; daí o título: “Uma página virada...”

MP - Como foi a construção do enredo e dos personagens?

J.R. Viviani - Essa pergunta eu creio já ter respondido parcialmente acima e complemento dizendo que o enredo e os personagens foram criados pela admiração que adquiri pelo senhor Francesco, mais propriamente pelo amor que ele demonstrava ao Brasil.

MP - Onde podemos comprar o seu livro?

J.R. Viviani - O livro pode se adquirido no Clube de Autores na forma de livro impresso e no formato ebook na Amazon.

MP - Quais os seus projetos futuros?

J.R. Viviani - Atualmente, estou escrevendo dois novos livros. Um deles se trata da compilação de Contos por mim escritos e que ainda os continuo escrevendo, e outro, que é o romance intitulado: “Na toca da Onça”, cujo tema nasceu ao conhecer, na minha juventude, um viciado nas cartas do baralho, e quando mais tarde, lendo uma notícia sobre a influência da lei que proibiu o jogo no Brasil determinando o fechamento dos inúmeros cassinos que criavam, de forma direta e indireta, milhares de empregos e oportunidades e imaginando o que as pessoas passaram na época incentivou o tema. O título é engraçado e curioso, eu sei, mas que tem uma razão de ser, e só quando o livro estiver pronto quem lê-lo entenderá, pois a razão é muito longa para explicar aqui. Trata-se de uma história divertida, pitoresca e hilariante, mas que não deixa, ao mesmo tempo, de ser realística. Na qual narro à vida, como já disse, de um jogador inveterado, – um viciado nas cartas do baralho, assíduo frequentador dos cassinos, que se desenrola no início dos anos cinquenta, época remanescente, infelizmente, pra muitos e inclusive para ele, da tal proibição do jogo, mas que, mesmo assim, continuava nos cassinos clandestinos tenho a jogatina como sua profissão, – seu meio de vida... Enfim, é a história de um autêntico e verdadeiro malandro na expressão da palavra.

MP - Obrigada J.R. Viviani por ter nos contado um pouco sobre você e seus livros. Agora deixe um recado para os leitores e amigos do Blog Marcia Pimentel, e para quem deseja ser escritor(a).

J.R. Viviani - Bom, cara amiga, antes de deixar o meu recado aos seus leitores, devo e faço questão de deixar registrado o meu agradecimento pela oportunidade da entrevista. Aos leitores e amigos do seu blog, o meu obrigado pela paciência da leitura esperando que minhas respostas tenham sido a contento. Já para quem deseja ser um autor, me é difícil deixar um recado, pois quem sou eu pra isso?... Mas você é tão gentil que não posso deixar de tentar atendê-la, então vamos lá... Caro futuro escritor, minha dica é: não seja alienado e introspectivo; leia tudo o que puder e conheçam as obras de outros autores, pois, seguramente aprenderá se disciplinando e se corrigindo, entretanto, não se acue, seja audacioso como todo artista deve ser; ponha pra fora, sem receio, toda sua criatividade, – dê asas a ela e não tenha medo de errar...

MP - Rapidinhas (responda com uma palavra)

Deus: criador
Filhos: amor

Amor: Carolina (filha querida)

Saudade: muita.

Uma lembrança: sei lá?

Um sonho: ser feliz.

Escrever: sempre.

Uma viagem: sem desejo!

Uma cor: azul-royal (cor da nobreza) 

Um livro: “Reinações de Narizinho” – Monteiro Lobato.
  
Um filme: “O Poderoso Chefão”  

Uma frase: “Leiam, leiam sempre; ler é viver...”


Adorei a entrevista e espero que todos também tenham gostado. Foi muito bom saber um pouco mais sobre você é sobre o livro Uma Página Virada. Obrigada J.R. Viviani por dividir comigo e com os leitores do blog a sua vida e sobre os seus trabalhos.


Compre o livro no Clube de Autores


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4 comentários:

  1. Querido Viviani! Marcia Pimentel, obrigada por nos oportunizar conhecer um pouco mais deste escritor tão talentoso e muito amado por todos nós seus leitores fãs. Adorei a entrevista do inicio ao fim. VIVIANI sabe como ninguem ser verdadeiro e humilde , modesto em suas colocações. Adorei no final saber que também gostas do azul minha cor preferida rsrsrsrsrs .Parabens, Marcia por esse privilégio. ..e você Viviani....meu carinho, minha admiração e respeito. Beijos . Veraportella

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    1. Olá, Verinha!
      Para mim foi um prazer fazer a entrevista com o J.R. Viviani. Ele é realmente muito talentoso.
      Obrigada pelo seu comentário.
      Bjs

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  2. Adorei a entrevista. Fiquei a conhecer um pouco melhor o autor.
    Um abraço

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    1. Olá, Elvira!
      Na entrevista o autor J.R. Viviani passou tudo de si para que conhecêssemos ele e sua obra melhor.
      Bjs

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